quinta-feira, 28 de abril de 2011

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terça-feira, 26 de abril de 2011

ainda sobre a liberdade

Set it free de Jessica Doyle

As pessoas têm muita dificuldade em libertar, ou melhor, em deixar ir. Fazendo referência a um bom filme de animação, por vezes o melhor a fazer é deixar a casa cair pelas nuvens.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

comparar liberdades

Temos aqui alguns indicadores que nos mostram como evoluímos desde antes do 25 de Abril até agora. Claro que estas coisas são sempre um pouco relativas e possivelmente faltam aqui muitos outros e melhores indicadores (talvez relacionados com a economia) ou mesmo algum ano de referência intermédio. Tirem as vossas conclusões.


De qualquer das maneiras, o dia de hoje é talvez o mais importante da história Portuguesa...por isso...bom 25 de Abril.

fonte: RTP

sábado, 23 de abril de 2011

ainda sobre a geração à rasca

Desta vez concordo quase a 100% com o que Fernando Ribeiro disse numa entrevista para a Blitz. Devíamos ser a geração de ouro ou a geração que deixa logo de estar à rasca quando está à rasca. Foi exactamente por isto que deixei de querer ir à famosa manifestação. Por mais tempo que passe parece vamos ter sempre a mesma mentalidade, o mesmo medo de arriscar e vamos sempre ser aqueles que ficam à espera das oportunidades em vez de as criarmos.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Bon Iver, Bon Iver


Depois de um primeiro álbum genial, o segundo é esperado com algum entusiasmo. Com esta maneira original de mostrar a capa é impossível não desejar que o tempo passe mais rápido.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

PAUS



Os PAUS são uma super banda portuguesa, não só por serem constituídos por nomes já conhecidos de outros projectos nacionais mas também porque fazem um som único. São claramente uma banda diferente considerando que têm uma bateria siamesa e um estilo bastante alternativo associado às músicas, um som frenético...talvez seja este o adjectivo mais apropriado. Deposito uma grande confiança para o futuro desta banda e aguardo ansiosamente por mais.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

agora pára de fazer sentido


Deve existir alguém a dactilografar todos os acontecimentos relevantes de um país...algo do género de um livro de história da escola ou mesmos daqueles livros mais pesados de pormenores. Em qualquer um dos casos essa pessoa deve estar algo confusa com o estado de Portugal...é mudanças radicais de pensamentos nobres, guerras, tricas, ruínas, medo inconstante do corte e mais uma grande panóplia de coisas mais ou menos amarguradas. Essa informação deve ser doente bipolar, ora está freneticamente bem, ora mira directamente ao pé...Como quando nos sentimos com o mundo aos pés, que nada nos pode parar e que não nos vai parar e subitamente somos abalroados e caímos forte na dura realidade de que nada muda, tudo permanece o mesmo esterco de sempre. Ou quando estamos cientes do que temos e de repente não temos nada, não sentimos nada ou sentimos mal...ou quando sonhamos algo e esse algo já não faz qualquer sentido nesse sonho, talvez seja já outro sonho, mas é irrelevante porque nada parece verdadeiramente fazer sentido e é melhor assim, dar um pontapé às ciências sociais, dar um pontapé aos quadros bonitos e às músicas clichés. Brindar o Picasso e o seu cubismo abstracto, cantar o surrealismo e pintar a música experimental. Porquê fazer sentido quando ninguém o percebe devidamente? Talvez se não o fizer já o consigam perceber.

imagem: daqui

terça-feira, 12 de abril de 2011

you let the day drift away


when the time comes, you're no longer there
fall down to my knees, begin my nightmare
words spill from my drunken mouth, i just can't keep them all in
i keep up with racing rats and do my best to win
Editors @ racing rats

Aladino do Chiado

O que é ternura? Ternura foi um rapaz hoje na Rua Augusta, tocava um instrumento que tinha a forma de uma carapaça de tartaruga e parecia o aladino. Não sei se era um instrumento de percussão, o rapaz manejava-o como se fosse um batuque mas de forma terna, e era assim que as pequenas notas saiam. Tons ternos que iluminavam quem tivesse de olhos fechados e que atraíam o olhar daqueles que preferem a realidade. O rapaz fazia lembrar o aladino, estava sentado no chão onde um raio de sol se esgueirava por entre os prédios e lhe servia de foco. Tinha médias madeixas lisas e alouradas e um ar nostálgico, acenava com a cabeça quando alguém lhe pagava a musica, no meio da actuação veio um seu amigo que lhe colocou uma coroa de flores na cabeça, coroa essa que poderia ter estado sempre lá, coroa essa que o enternecia ainda mais e que condizia com a musica que tocava. Era uma musica simples, quase como pingas de água a cair num lago de forma ritmada e subitamente mais acelerada. Era simples mas profunda, era uma brisa e uma tempestade e a verdade é que não consegui arredar pé, era algo que lhe era natural e era natural também para os meus ouvidos, dava-me paz e fazia-me reflectir sobre tudo com nada...isso sim, é ternura.



domingo, 10 de abril de 2011

Alebrijes


Estes tradicionais bonecos mexicanos nasceram com um artista chamado Pedro Linares. Diz-se que era esquizofrénico e que bebia demasiado. Durante uma das suas crises alucinava estes pequenos monstrinhos que posteriormente esculpia para que fossem os seus amigos.




imagens: daqui e daqui

quinta-feira, 7 de abril de 2011

árvores e aranhas


Como consequência de uma cheia, as árvores de Sith, província do Paquistão, foram envoltas em longas teias feitas por aranhas que tentaram escapar à água. Nunca se tinha visto algo assim naquela zona pelo que o resultado foi, não só a sobrevivência dos milhares de aracnídeos, também o desaparecimento dos mosquitos da malária. Para nós, uma foto óptima com um aspecto pouco real e que não foi fruto dos efeitos da ficção científica.

fonte: Publico  

segunda-feira, 4 de abril de 2011

partir para ficar



E se inventássemos o mar de volta, e se inventássemos partir, para regressar? Partir e aí nessa viagem, ressuscitar da morte às arrecuas que me deste. Partir para ganhar, partir de acordar, abrir os olhos, numa ânsia colectiva de tudo fecundar, terra, mar, mãe...Lembrar como o mar nos ensinava a sonhar alto, lembrar nota a nota o canto das sereias...Lembrar cada lágrima, cada abraço, cada morte, cada traição, partir aqui com a ciência toda do passado, partir, aqui, para ficar...

Linda Martini @ Partir para Ficar

imagem: daqui

A beleza do erro


Sempre gostei de ouvir pessoas a falar das suas interessantes experiências de vida. 
Em seio formal mas como uma conversa de amigos se passou a conferência A beleza do erro, na qual os convidados eram convidados a falar da importância do erro nas suas profissões ou ocupações. E assim foi, uma troca de experiências extraordinária, viagens, actuações, culinária, design e arquitectura. Todos com uma ou várias boas histórias, de uma maneira mais cómica, séria ou artistica...A que mais me impressionou foi, no entanto, a de um artista plástico que enviou as suas fotos sobre o tema e não apareceu para as apresentar.
Tudo parecia estar erradamente ao pormenor: o interessante pormenor de a folha de apresentação estar acompanhada de uma lupa por ter sido impressa com letras demasiado pequenas. Esta foi ainda primeira conferência em que os atrasos eram vistos de uma forma natural e com algum agrado. Existe um ponto forte com o erro que é o facto de aprendermos com ele. Mas para além disso, por vezes, acontecem coisas que nunca poderiam ser vistas se certos acasos não sucedessem ou se herrar não fosse umano.