Bert Stern, Nova York, 1979, por Micheal Somoroff
domingo, 30 de junho de 2013
sábado, 29 de junho de 2013
pequenos contornos de linda martini
Haverá melhor que ouvir pequenos contornos do novo disco dos linda martini em primeira mão? Fica aqui o link para o vídeo bonito.
Tema:
musica
sexta-feira, 28 de junho de 2013
da bicicleta de david byrne, parte três
A questão é que, durante o século vinte, o automóvel foi subsidiado a uma escala gigantesca. As estradas todas bem pavimentadas que vão até às terrinhas mais pequeninas e às regiões obscuras dos Estados Unidos não foram construídas nem são mantidas pela GM e a Ford - nem sequer pela Mobil e a Esso. Essas empresas colheram benefícios enormes graças a esse sistema. Deixou-se que as linhas ferroviárias para as cidadezinhas definhassem e morressem e, para a maior das mercadorias o transporte por camião tornou-se a forma mais barata, e por vezes única, de fazer deslocar os produtos de um lado para o outro.
David Byrne, em Diários da Bicicleta
Quase parece uma descrição do que aconteceu por cá, dos largos km de autoestrada que se construíram e das linhas ferroviárias que se continuam a abandonar (claro que falo mais uma vez da linha do tua, mas existem outras centenárias pelo país), e também do nosso adorado lobby do betão. Curiosamente, neste livro, encontrei mais parecenças entre portugal e as cidades dos estados unidos do que propriamente com cidades europeias.
quinta-feira, 27 de junho de 2013
a equação dos cada vez mais símbolos
Há umas semanas ouvi na tsf um professor de sociologia ou antropologia da FCSH a falar sobre os símbolos das manifestações, que são agora mais efémeros e que se vão substituindo uns aos outros na nossa memória, por serem muitos e que, de certa forma, se iam tornando mais banais. O senhor apontava ainda a grande e fácil divulgação de informação que temos hoje como a principal causa para haver uma memória colectiva cheia de símbolos, que adquirimos para referenciar aquilo que é importante e que tem um certo valor sentimental. Símbolos como os cravos de abril e como a rapariga do vestido vermelho a ser pulverizada de gás pimenta na turquia. A verdade é que hoje existem bastantes sim, e que a rápida proliferação das noticias na internet é bastante importante para que sejamos cada vez mais cidadãos do mundo, e que nos vamos esquecendo de alguns. Assim de repente, lembro-me das manifestações do egipto, da tunísia, sem qualquer símbolo concreto na minha memória, do senhor que se suicidou na grécia, e mais recentemente da jornalista agredida pelos polícias no brasil e da manifestação mais pacifica de todas, a de ler livros em silêncio da turquia. Mas então e a rapidez com que hoje se vive, também não fará parte da equação dos cada vez mais símbolos? Não interessa, venham eles, que fazem falta.
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Opinião
terça-feira, 25 de junho de 2013
segunda-feira, 24 de junho de 2013
um cacilheiro em veneza
Não sei quanto a vocês mas, para mim, um cacilheiro nas águas de veneza com uns tipos em cima a tocar Paredes é obra d'arte.
domingo, 23 de junho de 2013
sexta-feira, 21 de junho de 2013
os bairros são aldeias na cidade
Hoje dei-me conta do que é verdadeiramente um bairro de lisboa. Fiz uma coisa que já não fazia há algum tempo: aventurar-me por ruas que desconheço da capital e seguir. Já conheci sítios fantásticos assim e já penso em fazê-lo de bicicleta pelas novas ciclovias. Saí do saldanha e fui dar ao campo mártires da pátria, passei pela faculdade nova de ciências médicas, e desci pela calçada de santana até ao rossio. Nunca tinha feito este percurso nem estado nestes sítios, nem pensei que fosse dar logo ao rossio, era o meu destino, mas achava que estava para os lados do martim moniz, já que, mais cá para baixo, se notava uma maior diversidade cultural. Quando comecei a descer a calçada de santana vi que estava dentro de um qualquer bairro lisboeta, as pessoas conheciam-se, falavam quase com um sotaque típico. Remeteu-me logo para as aldeias de portugal. Talvez os bairros lisboetas sejam isso mesmo, as memórias dos mais tradicionais espaços lisboetas, aldeias de pequenos prédios colados que se montam em ruas estreitas, rodeadas agora por uma cidade, por sua vez rodeada por subúrbios. E os santos populares? São nada mais que as tradicionais festarolas de aldeia. Não é irónico tanta gente querer viver essa vida bairrista nos santos populares e também tanta gente desdenhar as típicas festas nos remotos e agora quase inabitados locais de portugal?
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Opinião
quarta-feira, 19 de junho de 2013
o nosso não não é um não
E se quisermos dizer não, até onde vai a nossa vontade? Se essa vontade for colectiva, for a vontade de uma maioria e essa maioria quiser dizer não, até que ponto esse grande não é ouvido? Qual é função da população na democracia? Colocar uns papeis com umas cruzes dentro de umas caixas de quatro em quatro anos para eleger umas cabeças que nos representem, será só isso? E se assim, o que é uma vontade colectiva passe a ser uma memória colectiva, como as tradições que, anos mais tarde, se afundam?
terça-feira, 18 de junho de 2013
memórias do fmi na argentina
É familiar? Era bem pertinente estudar todos resgates, este está no documentário The Take.Enquanto a Argentina vivia sob a ditadura militar nos anos 70, o FMI e o Banco Mundial providenciaram empréstimos e, em troca, exigiram que as indústrias argentinas fossem abertas a investidores estrangeiros e que as indústrias nacionais fossem privatizadas. Passado pouco tempo, o país tinha contraído uma dívida pesadíssima (o que é bastante típico sempre o Banco Mundial se envolve em algum sítio) e o desemprego crescera.
David Byrne, em Diários da Bicicleta
Tema:
Política
domingo, 16 de junho de 2013
quinta-feira, 13 de junho de 2013
homem elefante, de riding pânico
riding pânico - parece que perdeste alguém
Mais do bom roque instrumental português, o disco inteiro está para audição aqui.
Mais do bom roque instrumental português, o disco inteiro está para audição aqui.
Tema:
musica
quarta-feira, 12 de junho de 2013
da bicicleta do david byrne, parte dois
Estranhamente, a recente espiral descendente da economia pode vir a ser uma grande oportunidade. A sustentabilidade, os transportes públicos e as ciclovias já não são motivo de troça das pessoas. (...) Muitas vezes, apenas é preciso alguma vontade política, e uma ou duas alterações significativas, para que as coisas comecem a mudar por si próprias.
David Byrne, em Diário da Bicicleta
terça-feira, 11 de junho de 2013
segunda-feira, 10 de junho de 2013
um poema, ou coisa que o valha, para o dia de(ste) portugal
portugal está para acabar
é deixar o cabrão morrer
sem a pátria para cantar
sobra um mundo para viver
chegam flores do estrangeiro
já escolhemos o coveiro
por mim é para queimar
mas não quero exagerar
não à glória nacional
não à força não letal
já não canto sobre amores
nem me perco no recheio
é que em terra de amadores
basta ter o pau a meio
faz sinal ao galo vencedor
que esta dança é arriscada
vai pela crista não vás num bom cantor
que a cantiga está mal parada
B Fachada, em deus, pátria e família
domingo, 9 de junho de 2013
sábado, 8 de junho de 2013
da bicicleta do david byrne
Um óptimo, e talvez mais importante, ponto de vista que nunca tinha ouvido de ninguém das bicicletas, o da proximidade. Prevê-se que este blogue se venha a tornar mais ciclável, dado à leitura deste livro.A mesma sensação de liberdade que experimentara em Nova Iorque voltou a surgir enquanto pedalava por várias das principais cidades do mundo. Sentia-me mais próximo da vida nas ruas do que teria acontecido se tivesse dentro de um carro ou a utilizar algum tipo de transporte público: podia parar sempre que quisesse; muitas vezes (mesmo muitas), era mais rápido do que um carro ou um táxi para ir do ponto A ao ponto B; e e não tinha de seguir de seguir nenhum percurso predeterminado. O mesmo entusiasmo, à medida que o ar e a vida nas ruas passavam por mim a correr, repetiu-se em cada cidade. Para mim tornou-se um vício.David Byrne, em Diários da Bicicleta
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Livros
quinta-feira, 6 de junho de 2013
dos protestos vestidos de vermelho na turquia
Olho para as manifestações turcas e transporto-as para cá. Teríamos a força e a convicção necessária e semelhante para lutar por um dos últimos parques da cidade? Não sou apologista da violência, mas como seria se todos os ambientalistas e não ambientalistas que não querem a barragem do tua, por exemplo, forçassem a paragem das obras? Será este o plano z? Claro que a destruição de gezi é um motivo que esconde e fez desencadear muitos outros, como se tratasse da gota que fez entornar a água do copo. E nós? Quantas gotas faltarão?
Tema:
Opinião
quarta-feira, 5 de junho de 2013
não é apenas o krugman que nos canta o just say nao
Ao que parece não sou o único que ando atento às palavras do krugman. Eis os quais com a música do just say nao, para a fabulosa música portuguesa a gostar dela própria:
terça-feira, 4 de junho de 2013
Cadernos da Tese: o futuro começa nas palavras do Sérgio Godinho
um dia depois de apresentar a tese veio-me à memória uma frase batida e a realidade é que...
hoje é o primeiro dia do resto da minha vida
hoje é o primeiro dia do resto da minha vida
Tema:
Devaneios
domingo, 2 de junho de 2013
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