Dizer que não há bom cinema em portugal é não conhecer o que por cá se faz.
Admito, à priori, não ser grande conhecedor do nosso cinema. Conheço algumas coisas que me despertaram a atenção, algumas das quais já aqui foram partilhadas, a maioria no campo das curtas metragens e dos documentários, e agrada-me também a descoberta.
Há alguns dias estava a dar este filme na RTP2 (que passa muitos filmes portugueses), vi-o do inicio ao fim, e tem tudo para ser óptimo: um rapaz solitário que vive apenas no seu mundo, uma rapariga que lhe mostra alegria, música dos joy divison, uma geração adulta frustrada na idade e uma palete de cores a roçar o antigo. Tudo semelhante ao que se vê lá fora e que normalmente atrai, nem que seja os seguidores do cinema indie. Não digo que se devam seguir receitas, nem tão pouco que Pedro Caldas as seguiu. A história é boa e sólida, e a forma escolhida para desenrolar a acção e mostrar as personagens, sublime. O que quero dizer é que se este filme viesse de fora toda a gente falava ou já tinha, pelo menos, ouvido falar dele.
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