Vemos um homem a discursar, entusiasta, esbraceja, tem um blazer tweed e uma gravata de cor morta. Parece-nos alguém que sabe do que fala, que gosta do que fala, talvez um professor, não o conseguimos ouvir. Se conseguíssemos ver mais da plateia e não houvesse ninguém, se o homem entusiasta a discursar estivesse só, a discursar para ninguém, que pensaríamos agora dele? Talvez praticasse. E se estivesse a discursar, entusiasta, ainda com o blazer tweed e gravata de cor morta, para uma jaula de macacos, daqueles macacos pequenos que fazem disparates? Mesmo se estivesse a discursar, entusiasta, bracejando, para macacos, sobre as mais complicadas teorias da física quântica? A maioria das pessoas é ignorante no que toca a física quântica, como os macacos daqueles pequenos que fazem disparates.
Do que estás à espera, Putin?
Há 18 horas
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