Para mim, um progressista russo, moderno, ignóbil, parecia inconcebível, por exemplo, o facto de que elas, sabendo tanta coisa, não tivessem a nossa ciência. Porém, não tardei a compreender que a sua sabedoria se completava e se alimentava por outro discernimento que não o da Terra, e que as suas aspirações também eram muito diferentes. Não desejavam nada e eram tranquilas, não ansiavam pelo conhecimento da vida da mesma forma que nós, quando tentamos tomar consciência dela, porque a sua vida era uma vida plena. Mas a sua sabedoria era mais profunda e superior do que a nossa ciência, porque a nossa ciência procura explicar o que é a vida, tenta consciencializá-la para ensinar a viver os outros; ora, aquela gente sabia, sem a ciência, como tinha de viver.
Dostoiévski, em Sonho de um homem ridículo
Do que estás à espera, Putin?
Há 3 horas
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