Além dos restantes problemas com os quais têm de lidar, o artista tem de travar uma batalha perpétua para se libertar. Quero dizer, escapar à opressão contínua e sem sentido que diariamente ameaça aniquilar todos os incentivos. Mais do que os restantes mortais, o artista precisa de um ambiente harmonioso. Sendo escritor ou pintor, pode trabalhar onde quer que seja. O problema é o seguinte: onde é barato viver, onde a natureza é convidativa, é quase impossível arranjar os tostões necessários para não bater a bota. Um homem talentoso tem de pôr a subsistência ou a arte em segundo lugar. Escolha difícil.
Henry Miller, em O Big Sur e as laranjas de Jerónimo Bosh
Do que estás à espera, Putin?
Há 14 horas
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