«Existe uma obsessão pela linha recta. O homem não descansou enquanto não transformou a viagem num percurso em linha recta.» Foi esta a epígrafe da minha tese de mestrado. Tentei, quase discretamente, que a frase remetesse ao tema da tese, mas nem era uma prioridade. A epígrafe era sobretudo para mim e acabou por surgir esta, do Gonçalo M. Tavares, que me assentava na perfeição e em meias palavras falava de mobilidade. Por vezes as palavras mais acertadas são aquelas que não estão escritas, como um silêncio dos escritores.
O homem tem, de facto, uma obsessão pela linha recta e no mundo estas não existem por natureza. Moralmente o recto simboliza o bom e o torto aquele que se afasta. Senta-te direito, dizia subliminalmente o meu professor de filosofia. E o curioso desta história é que, na discussão da tese, comentaram a epígrafe sem qualquer suspeita de que era uma provocação (tamanha é a obsessão). Uma provocação à rapidez de hoje em dia, à forma recta que desejam em tudo. Nunca pretendi que o meu caminho universitário fosse assim, uma entrada para uma saída, e é tudo o que vejo à volta.
O homem tem, de facto, uma obsessão pela linha recta e no mundo estas não existem por natureza. Moralmente o recto simboliza o bom e o torto aquele que se afasta. Senta-te direito, dizia subliminalmente o meu professor de filosofia. E o curioso desta história é que, na discussão da tese, comentaram a epígrafe sem qualquer suspeita de que era uma provocação (tamanha é a obsessão). Uma provocação à rapidez de hoje em dia, à forma recta que desejam em tudo. Nunca pretendi que o meu caminho universitário fosse assim, uma entrada para uma saída, e é tudo o que vejo à volta.
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