Ontem vi uma coisa que nunca pensei que algum dia viria a ver. Estava na estação de caminhos de ferro de Sete-Rios e faltavam uns 10 minutos para chegar o meu comboio.Odeio esperar por isso fui dar uma volta pela estação, que não tem rigorosamente nada para ver, excepto um quiosque e umas vending machines. Aproximei-me e foi então que fiquei surpreendido com o conteúdo de uma delas: Livros!
Custavam entre 5 a 7€, salvo erro, e entre eles lembro-me de títulos como Os cus de Judas (António Lobo Antunes) e Memórias de Minhas Putas Tristes (Gabriel Garcia Marquez). Eram precisamente como as da imagem, talvez com menos livros por cada linha, funcionavam do mesmo modo que as máquinas normais a que estamos habituados. Ranhura para o dinheiro, números para selecionar o objecto pretendido que cai para a gavetinha no fundo.Mas esta era muito mais brilhante, tinha muito mais luz e muito mais conteúdo, talvez fosse por ser nova, mas eu acredito que vai ficar sempre assim! Cheguei a olhar para o lado e vi um senhor do Circulo de Leitores a vender o Símbolo Perdido do Dan Brown e a Fúria Divina do José Rodrigues dos Santos, era óbvio que não conseguia competir com a máquina, pelo menos pela minha atenção.
Adorei a metádora, do género Não lhe apetece um chocolate para a viagem? E que tal um livro? É uma óptima ideia, incentivar as pessoas a ler no comboio e a um preço não tão caro. Supondo que uma pessoa que não tenha um grande hábito de leitura compre um deste livros e o leia apenas nos 15 minutos de viagem de comboio (30 minutos porque tem de ir e voltar) vai habituar-se a ler e assim que o acabe vai comprar outro. Vai chegar a uma altura em que o hábito se vai metastizar para momentos de espera, café e a última fase é substituir outras actividades.
Como podem ver o incentivo à leitura é apenas uma questão de marketing!
2 comentários:
Uau... muito boa ideia! :)
Concordo ctg! Será um incentivo importante! :)
é um bom incentivo, e é até uma boa ideia... só espero é que não vire moda... pois isso desvirtuaria completamente muito do mundo que surge apegado à literatura...
o livreiro ou o bibliotecário a trazer o livro na mão...
isso não pode desaparecer.
e em principio essas máquinas não se generalizarão por todo lado.
cumps
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