quinta-feira, 29 de novembro de 2012

feels like we only go backwards, tame impala

It feels like i only go backwards baby
every part of me says go ahead




 do maravilhoso Lonerism.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

porque é que não é tudo como calha


fica sempre tanta gente para trás ou é para a frente nem me lembro agora tanto faz. os ofícios, as rotinas que escaparam rapaz, as mentiras, as meninas que deixaste em paz. as leituras, as viagens, as carreiras que deixaste em paz. já perdeste um companheiro e estás inteiro sem os sonhos que deixaste em paz, a velha ganância, a namorada de infância, a casa no bairro, o carro

e tudo o que não volta atrás do karma que deixaste em paz.


B Fachada - como calha


segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Sem Título #37

I am no longer sure of anything. If I satiate my desires, I sin but I deliver myself from them; if I refuse to satisfy them, they infect the whole soul.


Jean-Paul Sartre

domingo, 25 de novembro de 2012

Memória eidética, número doze


Bordel em Alicante, Espanha, 1932, por Henri Cartier-Brensson



The brothel was opposite the hotel where I was staying. It was the woman pimp- the madam. The gay man. And the maid.

Henri Cartier-Brensson, sobre a fotografia.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Cadernos da Tese: a prisão e o norberto lobo

Passar grande parte da semana em frente do excel perturbou-me, é ver o mundo aos quadradinhos, como uma prisão, de facto é. como passar demasiado tempo num quarto e perceber-lhe os defeitos. Esta semana a carta de saída da prisão foi-me cedida pelo norberto lobo. mel azul é mais um óptimo trabalho e este senhor merece ficar na história dos guitarristas portugueses. como hoje se fala do carlos paredes, daqui a uns valentes anos espero que se fale do norberto lobo.


quarta-feira, 21 de novembro de 2012

isto não é um livro, é uma pequena bomba

quando as estátuas não falam

Klaus deixou o seu oficio, mas apenas hoje. Trabalha numa tipografia, mais: é editor, quer fazer livros que perturbem tanques.
Isso não é um livro, é uma pequena bomba.
Queres perturbar tanques com prosa?

Gonçalo M. Tavares, in Um Homem: Klaus Klump


imagem: do meu flickr 

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

no peito dos desafinados também bate o coração, João Gilberto


O que você não sabe e nem sequer pressente, é que os desafinados também têm coração.

Desafinado, de João Gilberto


haverá maior perfeição?

domingo, 18 de novembro de 2012

Memória eidética, número onze

Tom Jobim e Frank Sinatra, 1967

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

sobre o saramago

Começo por confessar que não li o memorial do convento. na altura era um jovem com 17 anos e não era tão dado à literatura como sou hoje. já tinha lido, no entanto, o romance que me abriu os olhos para as letras, os maias. mas o memorial não me cativou na altura, disse-me que não era a altura para eu o ler. (e para além do que fazer este tipo de coisas por obrigação dá-me náuseas.)
De qualquer maneira, vivia num mundo, vá num micro-mundo, em que eram poucos aqueles que simpatizavam com saramago, sendo simpatizar a mais leve manifestação de um simples gostar. acho que ainda vivo. Lembro-me de que cada vez que o escritor dava a sua opinião sobre a religião, politica, e o que quer que fosse, haver um desdenhar incrível a circular nas veias daqueles que me rodeavam. lembro-me até de ter recebido o caim no natal de há uns anos atrás, devoreio-o em três dias, e ao rasgar o embrulho, ouvir o meu tio ou o meu primo a elevarem a voz dizendo: esse comunista. Sempre fui daquelas pessoas do contra, e como tal assim nasceu o meu gosto por este escritor. Lembrei-me de escrever isto há uns dias, ao verificar que tal também acontece na faculdade. há um constante invocar da falta de vírgulas do "nobel português", cito os engenheiros, cada vez que se congratula a boa escrita técnica de uma tese.

hoje sorrio não dando importância e dou graças por ser do contra. 


quarta-feira, 14 de novembro de 2012

eusébio no deserto, filho da mãe


penso já ter falado anteriormente do filho da mãe. já o vi várias vezes ao vivo, mesmo antes de conhecer o disco, já o vi sozinho em palco, já o vi acompanhado, já paguei e já o vi gratuitamente. e de todas as vezes posso dizer que foi das coisas mais arrebatadoras que vi e ouvi. e é música de só uma viola, mas quando o tocador parece ter mil dedos nem é preciso voz para cantar o sentimento.


e este é um dos títulos mais estranhos que já por aqui passaram. 
a fotografia foi roubada daqui, um blog fotográfico que vale a pena visitar.

domingo, 11 de novembro de 2012

Memória eidética, número dez


Fyodor Dostoyevsky, 1879


sábado, 10 de novembro de 2012

um poema que me faça não parar sem produzir

Metidos nesta pele que nos refuta,
Dois somos, o mesmo que inimigos.
Grande coisa, afinal, é o suor
(Assim já o diziam os antigos):
Sem ele, a vida não seria luta,
Nem o amor amor.

Saramago, in Arte de Amar

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

terça-feira, 6 de novembro de 2012

cuba 1970, dead combo





em seguimento do post anterior, os dead combo estão mais que aprovados.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Cadernos da Tese: o ritmo

A parte mais dura de começar a fazer uma tese é, sem qualquer dúvida, entrar no ritmo. Ainda não cheguei ao ponto perfeito, em que todo o tempo em que não estou a fazer uma outra coisa importante é canalizado em trabalho, em que quase adormeço com ela na cabeça e acordo pronto a trabalhar. O ponto forte é a quantidade de tempo que tenho para ouvir e conhecer música nova, na esperança de encontrar aquela banda sonora perfeita para este trabalho solitário que me vai acompanhar até março. Até agora ganham as músicas mais instrumentais.


domingo, 4 de novembro de 2012

Memória eidética, número nove

Halloween in South Side, Chicago, 1951, por Yasuhiro Ishimoto

sábado, 3 de novembro de 2012

a corda

a corda ainda prende o pé mas eu já fugi daqui tantas vezes
que não sei se vou voltar


a corda do elefante sem corda, linda martini 

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

a islândia e o meu gosto pelo frio

a islândia é dita com um dos melhores países para viajar sozinho e eu estou mesmo a precisar de uma daquelas jornadas espirituais, daquelas para fazer a ponte entre o acabar e o começar de um novo ciclo, se é que isso existe.