quinta-feira, 16 de maio de 2013

sobre a utopia da maioria do voto em branco

Ainda nem vou na centésima página do Ensaio sobre a Lucidez, ler dois saramagos seguidos não é coisa leve, mas já vou pondo em paralelo o que está a acontecer no livro com o que se passa na realidade em portugal. Pensar numa maioria votante em branco cá é, sem qualquer sombra de dúvidas, utópico, até numa maioria de esquerda é. 
É um exercicio engraçado pensar nesta possibilidade e no que sucederia, talvez não chegasse a um cenário tão extremo como o do romance, mas a verdade é que em portugal, pelo que pesquisei, os votos em branco não contam, e se houvesse uma maioria dos votos em branco ganharia o candidato com o maior número de votos expressos. É justo? Não creio. E se, utopicamente ao quadrado, 90% dos votos fossem em branco, e o candidato com maior número de votos tivesse apenas 5%? Ganharia à mesma? E qual o sabor desta vitória?

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