Há umas semanas ouvi na tsf um professor de sociologia ou antropologia da FCSH a falar sobre os símbolos das manifestações, que são agora mais efémeros e que se vão substituindo uns aos outros na nossa memória, por serem muitos e que, de certa forma, se iam tornando mais banais. O senhor apontava ainda a grande e fácil divulgação de informação que temos hoje como a principal causa para haver uma memória colectiva cheia de símbolos, que adquirimos para referenciar aquilo que é importante e que tem um certo valor sentimental. Símbolos como os cravos de abril e como a rapariga do vestido vermelho a ser pulverizada de gás pimenta na turquia. A verdade é que hoje existem bastantes sim, e que a rápida proliferação das noticias na internet é bastante importante para que sejamos cada vez mais cidadãos do mundo, e que nos vamos esquecendo de alguns. Assim de repente, lembro-me das manifestações do egipto, da tunísia, sem qualquer símbolo concreto na minha memória, do senhor que se suicidou na grécia, e mais recentemente da jornalista agredida pelos polícias no brasil e da manifestação mais pacifica de todas, a de ler livros em silêncio da turquia. Mas então e a rapidez com que hoje se vive, também não fará parte da equação dos cada vez mais símbolos? Não interessa, venham eles, que fazem falta.
Do que estás à espera, Putin?
Há 7 horas
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