Hoje dei-me conta do que é verdadeiramente um bairro de lisboa. Fiz uma coisa que já não fazia há algum tempo: aventurar-me por ruas que desconheço da capital e seguir. Já conheci sítios fantásticos assim e já penso em fazê-lo de bicicleta pelas novas ciclovias. Saí do saldanha e fui dar ao campo mártires da pátria, passei pela faculdade nova de ciências médicas, e desci pela calçada de santana até ao rossio. Nunca tinha feito este percurso nem estado nestes sítios, nem pensei que fosse dar logo ao rossio, era o meu destino, mas achava que estava para os lados do martim moniz, já que, mais cá para baixo, se notava uma maior diversidade cultural. Quando comecei a descer a calçada de santana vi que estava dentro de um qualquer bairro lisboeta, as pessoas conheciam-se, falavam quase com um sotaque típico. Remeteu-me logo para as aldeias de portugal. Talvez os bairros lisboetas sejam isso mesmo, as memórias dos mais tradicionais espaços lisboetas, aldeias de pequenos prédios colados que se montam em ruas estreitas, rodeadas agora por uma cidade, por sua vez rodeada por subúrbios. E os santos populares? São nada mais que as tradicionais festarolas de aldeia. Não é irónico tanta gente querer viver essa vida bairrista nos santos populares e também tanta gente desdenhar as típicas festas nos remotos e agora quase inabitados locais de portugal?
Do que estás à espera, Putin?
Há 12 horas
4 comentários:
Felizmente que os Bairros típicos lisboetas se mantêm conservados com essas tradições. Porque o que seria desta cidade sem este tipo de coisas.
Era uma cidade com menos identidade, mas estas tradições não estão em perigo, só as dos locais envelhecidos, que já não passam em geração.. :\
Eu quando falo em se encontrarem em perigo, tem a ver com o facto de que estamos a levar estas tradições para fora do âmbito das mesmas. Os Santos se analisarmos bem a coisa, não tem nada a ver com bebedeiras até cair e raves por Lisboa toda, que infelizmente, é o significado que a maioria das pessoas atribui actualmente a estas festividades populares.
Tens razão! eu não acho grande piada por acaso, primeiro não como sardinhas, depois é sempre alta confusão e acho que deve ser bem mais giro para as pessoas que vivem a tradição, que devem ser os moradores, mas não sei se estes acham muita piada ao facto de terem quinhentas mil pessoas à porta :p
Enviar um comentário